Decorreu na tarde de ontem, na Casa da Cultura de Paredes a apresentação do livro “Artes em Madeira de Paredes: Alma, Esforço e Engenho”.
O livro, integrado no FAMP – Festival de Artes em Madeira de Paredes, trata-se de um projeto criado para homenagear e enaltecer o trabalho dos “Mestres de Paredes” que marcaram a identidade do Concelho, principal produtor e exportador de mobiliário português.
O coordenador da obra, António Luís Ferreira, destacou que esta é um trabalho de equipa, que contou com o apoio do município que colaborou no processo de construção do mesmo.
“É o resultado de vários contributos em termos de recolha de informação, fotografia, design. Gostávamos que o livro fosse uma espécie de mescla no sentido de traduzir o espírito das artes em madeira e por, outro lado, que seja um meio de promoção, para ser usado por pessoas de fora do concelho, como o objetivo de lhes dar a conhecer estas artes”, disse, salientando que o livro pretende homenagear os artesãos e as artes da madeira de Paredes.
António Luís Ferreira realçou que o livro pretende ser, também, um acervo das artes da madeira, existindo um elemento artístico de criação que percorre esta obra.
“Estamos a falar de um acervo valioso. Este livro é um contributo para que este registo aconteça. Resulta de um processo de recolha de informação e estruturação dessa mesma informação, mas este trabalho não está esgotado. Estamos perante um património de elevado valor”, afiançou.
A vereadora da Cultura, Beatriz Meireles, referiu-se a esta obra como um importante acervo, um património que permite compilar em livro as artes da madeira e que pode agora ser consultada pelo público, em geral, e pelas gerações mais novas.
“Este é um projeto do município que pretende valorizar o património do concelho, ligado às artes da madeira, cujo resultado final julgo espelha o esforço de um trabalho de equipa. Queremos homenagear todos os mestres e artesãos que se disponibilizaram e colaboraram na realização deste livro e deram oseu conhecimento para fazer as visitas turísticas e a bienal que decorrerá de 24 de setembro a 9 de outubro e se repetirá a cada dois anos. Já contactamos os diretores artísticos e proposta foi a ganha pela Astro Fingido, estamos em articulação com eles, estamos a preparar um programa tendo por base a história e o património. Queremos, por outro lado, trazer mais jovens para a cultura. Nesta fase, queremos envolver os jovens que têm de saber o que estes artesãos fazem e o valor que estas artes têm”, adiantou, enaltecendo este património material e imaterial.
“Este acervo vai ser vital para a constituição do Museu do Mobiliário em Vilela. Na programação do festival, queremos promover a valorização e consciencialização deste património imaterial, transmitindo-o aos mais jovens”, acrescentou.
O presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, revelou que este é um projeto que estava pensado há algum tempo e que pretende valorizar a indústria do mobiliário.
“Estamos a fazer um esforço para transformar o Mosteiro de Vilela num museu do mobiliário, pelo que este livro se enquadra nesse projeto”, expressou, sustentando que esta obra faz parte do Festival de Artes em Madeira de Paredes.
“As pessoas terão a possibilidade de conhecer as várias artes de trabalhar a madeira. Queremos que perdure para memória futura e em setembro iremos falar no mobiliário, promovendo outras atividades. Este livro espelha, também, aquilo que foi o mobiliário, sendo uma fonte de conhecimento e um importante espólio que agora está disponível para todos”, concretizou.