O Município de Paredes vai promover, ao longo de 2022, um certame que visa destacar a arte da madeira e a indústria do mobiliário do concelho com a realização de diversas iniciativas de cariz cultural.
O FAMP – Festival de Artes em Madeira de Paredes foi, esta quarta feira, apresentado em conferência de imprensa, no Salão Nobre da Câmara Municipal.
A iniciativa terá como ponto alto a realização de uma Bienal, entre 24 de setembro e 09 de outubro.
O projeto, salientou o edil Alexandre Almeida pretende “valorizar a indústria do mobiliário do concelho” e “celebrar a arte de trabalhar a madeira para memória futura”.
A primeira ação a desenvolver será a edição do livro “Artes em Madeira de Paredes, alma, esforço e engenho”, que reúne o testemunho de vários artesãos e que será apresentado na Bolsa de Turismo de Lisboa, a 16 de março.
A obra, explicou a vereadora da Cultura de Paredes, Beatriz Meireles, “pretende homenagear todos os artesãos e artistas que trabalham nas várias profissões associadas à indústria do mobiliário do concelho”.
O festival prevê, ainda, a realização de várias outras ações de animação cultural e turística baseadas nas artes em madeira, ao longo do ano de 2022.
Uma bienal para promover indústria do mobiliário através da arte e da cultura
O evento principal, e que constituirá o culminar do FAMP, decorrerá entre 29 de setembro e 09 de outubro, sob a forma de uma Bienal das Artes, na Casa da Cultura de Paredes, mas que também contemplará iniciativas noutros pontos do concelho.
“Não queremos fazer uma exposição de mobiliário, não é isso que se pretende”, esclareceu o presidente da autarquia, sublinhando que pretende chamar a atenção para a indústria do mobiliário “de uma forma subtil, através da arte e da cultura”.
Alexandre Almeida explicou que a Bienal visa a realização de workshops, peças de teatro e que artistas e artesãos “poderão ser convidados desenvolver peças de mobiliário e de esculturas”, entre outras atividades.
O autarca salientou que este projeto “entronca” com outros promovidos pelo Município, em tema similar, nomeadamente a criação do Museu do Móvel no Mosteiro de Vilela e o Parque Temático da Madeira, em Vandoma.
Recordou, também, a aposta no turismo industrial, assim como o recém-lançado projeto que leva alunos do ensino secundário às empresa do mobiliário do concelho e a realização de iniciativas de inclusão social através da indústria da madeira.
“Isto não é uma iniciativa para fazer sem enquadramento com outras iniciativas. Trata-se de um todo harmonioso que nós queremos desenvolver”, concluiu.
O festival “Artes em Madeira” conta com um orçamento de 249.613,51€, financiado pelo NORTE 2020 e FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.